Nos últimos anos, a indústria 4.0 passou a ser tema de muitos debates no que se refere ao chão de fábrica. Resumidamente, o conceito engloba tudo o que há de mais moderno para produzir bens de consumo: IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial e muito mais!
Através da implementação de soluções de indústria 4.0, é possível transformar toda a produção em uma “smart manufacturing”, ou produção inteligente, capaz de atender as demandas do mercado e alcançar maior competitividade.
A fim de esclarecer a importância desse tema, no artigo de hoje falaremos mais sobre o que é a indústria 4.0, como ela funciona, quais os benefícios dessa tendência para as empresas, como está o desenvolvimento da indústria 4.0 no Brasil e quais as tendências dessa área para os próximos anos. Quer saber mais sobre esse tema? Venha conosco!
O que é a indústria 4.0? Como funciona?
Como mencionamos anteriormente, a Indústria 4.0 é um conceito que engloba automação e tecnologia da informação, além das principais inovações tecnológicas desses campos.
Ou seja, o conceito refere-se à rápida digitalização na manufatura nos dias atuais. Desta forma, é possível caracterizá-lo como uma abordagem que busca resultados industriais que não eram possíveis há 15, 10 ou mesmo 5 anos atrás.
Ao combinar inovações e tecnologias digitais (avanços como robótica e inteligência artificial, sensores sofisticados, etc), é possível revolucionar a produção industrial como um todo.
O que esse conceito traz é um salto tecnológico capaz de elevar essa automação à máxima potência, permitindo que os robôs desempenhem funções cada vez mais complexas. Ou seja, ao invés de se limitarem a funções operacionais como a soldagem, os robôs passam a atuar em tarefas como a análise de dados, realizando tais funções em tempo recorde.
As principais tecnologias envolvidas na indústria 4.0 são:
Robôs autônomos: Fornecendo uma gama cada vez maior de serviços, os robôs estão se tornando mais autônomos, flexíveis e cooperativos. Nesse ramo surge o termo “cobots”, utilizado para designar robôs que ajudam os operadores a realizar suas tarefas.
Cibersegurança: Com fábricas cada vez mais automatizadas e máquinas inteligentes. A preocupação passa a ser menos manuais de conduta e mais robustez nos sistemas de informação e prevenção de problemas na comunicação entre as máquinas. Sistemas sofisticados de gerenciamento de identidade e acesso à máquina serão usados para fornecer comunicações seguras e confiáveis.
Big data: O termo se refere à coleta e armazenamento de grandes quantidades de dados através do monitoramento de processos, visando otimizar a qualidade da produção, economizar energia e melhorar os serviços, além de viabilizar a tomada de decisões em tempo real.
Cloud computing: Na computação em nuvem, os sistemas são armazenados em servidores compartilhados e interligados pela internet, de modo que possam ser acessados em qualquer lugar do mundo.
Desta forma, é possível ultrapassar os limites dos servidores da empresa e ampliar as possibilidades de conectividade entre sistemas.
Fabricação aditiva: Tecnologias de impressão 3D serão escolhidas por seu alto desempenho na produção de pequenos lotes de produtos customizados.
Internet das Coisas: Também conhecida pela sigla IoT (de Internet of Things), este conceito trata da conexão de aparelhos físicos à rede. Nas indústrias, esse conceito é aplicado através de máquinas gerando relatórios instantâneos de produção para o software de gestão na nuvem.
Quais são os benefícios da indústria 4.0?
A maturidade tecnológica trazida pelas soluções da Quarta Revolução Industrial confere alguns diferenciais à empresa, tais como:
– Maior nível de automação;
– Melhor aplicação da manutenção preditiva;
– Maior possibilidade de auto-otimização de melhorias de processo;
– Maior eficiência e agilidade na capacidade de resposta aos clientes;
– Aumento da produtividade dos funcionários e da qualidade dos produtos por conta do uso de dispositivos IoT em fábricas inteligentes;
– Detecção imediata de erros através da aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning), evitando gastos com reparos;
– Redução de erros de fabricação através da substituição de inspeções manuais por insights visuais alimentados por inteligência artificial (IA), economizando tempo e dinheiro.
Além disso, com investimentos mínimos, a equipe de controle de qualidade pode configurar o monitoramento dos processos de produção em um smartphone conectado à nuvem, permitindo maior controle em praticamente qualquer lugar.
Qual a situação da indústria 4.0 no Brasil? Quais as tendências dentro dessa área para os próximos anos?
De acordo com levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), quando a nova forma de produção estiver implementada, estima-se que haja redução nos custos industriais de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano.
Desse total, R$ 34 bilhões/ano serão provenientes dos ganhos de eficiência, R$ 31 bilhões/ano da redução nos custos de manutenção de máquinas e R$ 7 bilhões/ano da redução no consumo de energia.
Essa economia e aumento na eficiência dos processos de produção têm o potencial de mudar o quadro do país no cenário internacional, melhorando nossa posição no ranking global de competitividade.
Também segundo o levantamento da ABDI, menos de 2% das organizações brasileiras estão verdadeiramente imersas na Quarta Revolução Industrial de maneira prática.
Ou seja, no Brasil, as empresas ainda têm muito a amadurecer no que se refere ao conceito da indústria 4.0.
Para o futuro, no entanto, espera-se que essa tendência ganhe força, alinhando-se ao cenário de países em que a indústria está mais associada à tecnologia e à inovação.
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